Introdução da Aula 02,
Conheceremos neste
capítulo um pouco sobre uma área da Psicologia que muito interessa ao professor: A Psicologia Cognitiva.
A Psicologia Cognitiva
estuda tudo o que diz respeito à aquisição do conhecimento, ou seja, a
aprendizagem. Trata-se de uma das mais novas áreas de concentração em estudos
psicológicos, iniciada em meados da década de 1950 e 1960. Preocupados com os
estudos dos processos mentais, os pesquisadores buscam respostas para o
processamento das informações e a organização cognitiva do ser humano.
A Psicologia Cognitiva se
ocupa de pesquisas que ajudem a encontrar respostas para os processos
cognitivos que são fundamentais à maior parte dos comportamentos humanos que
se diferenciam de acordo com a idade, o contexto e a história de vida de cada sujeito.
Estudaremos neste
capítulo, portanto, os seguintes processos: A Percepção e a Memória.
Nos próximos capítulos,
conheceremos estudos sobre a Inteligência, a Formação de Conceitos, o
Pensamento e a Linguagem, o Raciocínio e a Resolução de Problemas.
Todos estes processos
estão intimamente relacionados. Eles fornecem ao ser humano a condição de
recepção, interpretação, armazenamento sistematização, relação e organização
dos dados do nosso ambiente interno e externo ao longo de toda vida.
Vamos conhecer melhor os
processos que levam ao aprendizado?
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Fig. 1 –
A descoberta envolve muitos processos do nosso Sistema Nervoso
1.
Conhecendo os Processos Cognitivos:
1.1 – Percepção:
Você sabe o
que é PERCEPÇÃO? Em que contexto utiliza-se este conceito?
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Entre tantas
áreas da Psicologia algumas que interessam a Educação são: Psicologia
Cognitiva, Psicologia do Desenvolvimento e a Psicologia Social.
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A percepção é a
interpretação dos dados ou informações obtidas no nosso ambiente. Somos
cercados de milhões e milhões de informações em nossa volta todos os dias. A
Psicologia chama estas informações de estímulos. Existem incontáveis
estímulos em cada ambiente. A cor dos olhos de uma pessoa, a roupa que se
veste; a forma dos objetos, o tamanho, o brilho da luz, o som do carro, etc.
Passaríamos o dia todo elencando os estímulos existentes e não chegaríamos
nem perto de esgotá-los.
A percepção é reconhecida
como um processo básico e ao mesmo
tempo um processo cognitivo do
comportamento humano. Básico, pois, todos os comportamentos dependem da
chegada de informações do meio.
Cognitivo, pois é a
primeira condição para o processamento das informações que viabilizaram a
aprendizagem.
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Fig. 2 – A
percepção é um processo básico. Dela dependem os outros processos
psicológicos, como a emoção e a aprendizagem.
A princípio devemos sim,
considerar que é um processo psicológico extremamente relevante para todo
educador e deve ser alvo de observação e estudos
O impacto das percepções e
sensações provenientes do meio, das outras pessoas e de nosso próprio corpo
se converte em imagens e representações mentais. O conjunto destas percepções
se constitui a base de nossa identidade (Pinto, 2008). Somos o que temos de
significados construídos ao longo de nossa história. É por esta razão que
gêmeos univitelinos não são idênticos em suas personalidades. Apesar de
possuírem na maioria das vezes características de personalidade semelhantes,
geneticamente herdadas; eles possuem outras
peculiares que tem diferenças na individualidade perceptiva.
Informações
Ser humano ambiente
Processamento
de informações
Fig. 3 – Nos recebemos e
transmitimos informações para o ambiente durante toda a vida.
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A criança precisa exercitar a percepção. Ter
contato com objetos variados, movimentar seu corpo, provar alimentos
diversos... assim, terá muitas informações na base do seu aprendizado.
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Somos vistos como
processadores de informações, ou seja, em cada ambiente que estamos (observe
agora onde você se encontra), existe uma infinidade de estímulos. Todos
estes estímulos são captados pelos
canais sensórios, que são os órgãos dos sentidos, iniciando um
processo fundamental para o processo perceptivo: a sensação.
3.1.1. - A Sensação e a Percepção:
O organismo humano é
equipado com sistemas de captação de informações que chamados sentidos ou sistemas sensoriais A experiência
sensorial permite uma vivência
produzida pela ação de um estímulo - externo ou interno: imagem, luz, som,
temperatura, - sobre um órgão sensorial, conduzida ao cérebro.
A este processo chamamos de SENSAÇÃO
que como
explicamos anteriormente depende dos órgãos dos sentidos.
Você deve
estar pensando –
Ah! Os cinco
sentidos!
Não, esqueçam esta idéia que aprendemos na
educação infantil. Temos mais que cinco.
Quantos sentidos nós temos?
A maioria
dos pesquisadores na área aponta que temos dez. Temos
10 sentidos. Vejamos quais são:
Além daqueles cinco bem,
temos outros cinco:
§ Visão - visual
§ Audição - auditivo
§ Olfato - químico
§ Paladar - químico
§ Tato – contato físico e pressão
profunda - cutâneo
§ Calor - cutâneo
§ Frio - cutâneo
§ Dor - cutâneo
§ Vestibular -
proprioceptivo
§ Cinestésico – proprioceptivo
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A dor é um sentido
normalmente indesejado. Contudo, funciona
como um alerta para nossa sobrevivência
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Fig 4 - Sentidos – sem eles não receberíamos as informações do meio externo.
Assim, além da visão e audição, temos os sentidos químicos (paladar e olfato), os cutâneos (Tato -
subdividido em contato físico e pressão profunda, além de calor, frio
e dor); e os sentidos
proprioceptivos (vestibular - responsável pela
orientação e equilíbrio e cinestésico - responsável pelo sentido do movimento).
Os estudos mais recentes
mostram que cada um destes sentidos possui receptores específicos e assim são
sentidos isolados, mesmo no caso dos cutâneos.
Compreendemos esta idéia
quando sabemos que existem pessoas que nascem
com deficiência
nos receptores da dor, causando um grande transtorno na vida desta
pessoa. Enquanto que os outros sentidos cutâneos: calor, frio, contato físico
e pressão profunda permanecem intactos. Esta pessoa não sentiria dor e
sentiria frio ou calor, além das sensações
do tato.
Os sentidos
proprioceptivos encarregados da Orientação Espacial e
Equilíbrio do
nosso corpo (vestibular) e do Movimento
(cinestésico) trabalham conjuntamente.
São eles que, por exemplo, dão condições de aprendermos a andar de bicicleta
sem rodinhas, a nadar ou praticar qualquer outro esporte, a dirigir e até
exercer funções mais simples como sentar, engatinhar e caminhar. E ainda
dançar girar em volta do nosso corpo ou saltar corda. Estes sentidos
normalmente são pouco conhecidos da população em geral e, no entanto, são de
fundamental importância para nossa vida. Graças aos sentidos proprioceptivos
podemos nos locomover, apreender os objetos, deslocá-los e realizarmos todas
as atividades motoras.
A visão é considerada pela
maioria dos pesquisadores na área como o sentido primordial, pois, através da
visão podemos identificar detalhes até mesmo a distancia, substituindo o uso
de outros sentidos, com o sentido visual vemos: cores, formas, texturas,
tamanho, movimento, localização, etc
Ou seja, não precisamos tocar num tapete para provar sua textura ou num
sorvete para identificar sua temperatura, se estamos vemos fumaça saindo da taça. Nem tocar numa pessoa para
saber se é maior ou menor
do que a outra do seu lado.
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Sabe por que não caímos da
cama, mesmo dormindo? Os sentidos proprioceptivos se encarregam de nos
ensinar a rolar e ter noção do espaço.
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Fig. 5 – Através
dos olhos, o mundo chega
ao bebê; que aos poucos
aprende a interpretá- lo.
Formamos uma imagem
retinia de 3 a 5 vezes a cada segundo.Como também o olho humano possui cerca
de 130 milhões de células receptoras de luz, o que faz termos uma excelente
qualidade de imagem e possibilidade de ver uma infinidade de tons diferentes
de cores. A tecnologia persegue há muitos anos reproduzir em seus
equipamentos a fascinante qualidade visual que a natureza nos proporcionou.
(Cassundé Portella, 2008)
Entretanto, sentimos que
todos os sentidos possuem um papel essencial a nossa percepção e conseqüentemente
ao nosso desenvolvimento.
Mas e a PERCEPÇÃO, o que é?
A percepção é definida
como a interpretação às informações
que chegam pelos órgãos sensoriais. É o significado que atribuímos aos
estímulos captados. Portanto, o processamento inicia
com a sensação e se organiza com a interpretação, a percepção. São então processos complementares, não pode haver percepção sem antes acontecer a
sensação, ou seja, uma informação não pode ser interpretada sem antes entrar
pelos nossos sentidos. Com a exceção da percepção extra-sensorial, que como o
nome já define independe dos sentidos. Este fenômeno a ciência já reconhece
como existente, no entanto, não consegue ainda dar explicações científicas
plausíveis.
3.1.2 - Percepção e Aprendizagem:
Aprendemos ou já nascemos com a capacidade
de percepção?
Ambas. Nascemos com esta
capacidade, que é um potencial característico da espécie humana e a
experiência traz o refinamento desta capacidade para chagar a qualidade de
interpretações que temos. Nascemos dotados de mecanismo fisiológico que nos
possibilita captar as informações; além do cérebro especializado com áreas
distintas que poderão processar e dar sentido aos estímulos que recebemos.
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Os processos cognitivos
agindo de forma integrada são responsáveis pela aquisição do conhecimento,
pela aprendizagem. São eles: Percepção, memória, inteligência, criatividade,
formação de conceitos, linguagem, pensamento, raciocínio, resolução de
problemas e aprendizagem.
Existem alguns estudos que já
propõem que temos ainda mais sentidos. Contudo, ainda não
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No entanto, esta
habilidade só amadurecerá a partir do contato e manipulação com o ambiente
físico e social, na interação com os objetos do nosso ambiente e com as
outras pessoas.
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Fig. 6 –
A base da percepção tem influência dos primeiros referenciais, os
pais.
Assim, para que um dia
possamos compreender e interpretar bem as informações necessitou da
capacidade inata, da aprendizagem e da maturação.
Cultura e Percepção:
Estas idéias explicam um
pouco das diferenças culturais. Um mesmo comportamento pode ter um significado
completamente diferente em outra cultura. Na Índia, amigos homens nadam de
mãos dadas nas ruas e locais públicos para demonstrarem sua amizade. Aqui no
Brasil, o mesmo gesto teria outra interpretação; facilmente os amigos seriam
vistos como um casal homossexual. Isto acontece, pois, os hábitos e
aprendizagens culturais variam e as pessoas que se desenvolvem nestes locais
assimilam (aprendem) o seu significado, possuindo assim, percepções
diferentes.
3.1.3 – Percepção Seletiva: Atenção
A percepção tem o caráter
seletivo, ou seja, focamos certos estímulos ao invés de outros na situação. O
estímulo que selecionamos se torna foco enquanto que os outros se tornam
menos relevantes naquele momento. Isto é o que chamamos de atenção concentrada, que se não acontece com facilidade pode acarretar em dificuldades perceptivas e
muitas vezes gerar outros problemas como na própria aprendizagem.
3.1.4 – Determinantes da Percepção:
Você acredita que algo pode influenciar nossa percepção?
Você já observou que em algumas situações pessoas ao seu lado perceberam
alguns aspectos que você não havia percebido?
Muitas situações destas acontecem
corriqueiramente. Em primeiro lugar nossas percepções são diferenciadas pela
interferência das histórias de
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está
comprovado cientificamente.
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Costumes e percepções - uma relação de influência
mútua. Temos como exemplo a alimentação em diferentes culturas.
As características dos estímulos
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vida de cada um de nós e
do processo de aprendizagem. Além disto, Pisani (1990) descreve outros determinantes da percepção que são de
fundamental importância para a percepção humana:
1. Mecanismos
do percebedor: que são os órgãos receptores (órgãos dos sentidos), nervos
condutores e o cérebro. A informação para chegar ao momento da percepção
passa por um processo fisiológico complexo e importante que decodifica a
informação para o processo perceptivo.
2. As características dos
estímulos: elas se
encontram no contexto do percebedor, são os
determinantes objetivos da percepção. Como vimos anteriormente nossa
percepção é seletiva, privilegiamos algumas informações, em dado momento, em
detrimento de outras tantas que estão no mesmo ambiente. Citaremos algumas
características dos estímulos que tendem a interferir na nossa atenção e
conseqüentemente em nossa percepção
a)
Intensidade
b)
Tamanho
c)
Forma
d)
Cor
e)
Repetição
f)
Localização
g)
Movimento
3. O estado psicológico do percebedor:
Nossos sentimentos, emoções, desejos e expectativas interferem diretamente na nossa
percepção. Estando com medo tendemos a ouvir barulhos, vultos ou algo
parecido. Se estivermos com fome tenderemos a comprar mais alimento do que
precisamos, num supermercado. A pessoa motivada terá maior facilidade em
aprender, pois, ela aguça a percepção que é à base da aprendizagem.
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Fig.
7 –
A confiança é um suporte para a aprendizagem
O estado psicológico é fator determinante a
nossa percepção, pois,
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podem ser exploradas
didaticamente pelo professor ajudando a atrair atenção do aluno ao
conhecimento. As cores, as imagens, a repetição são exemplos constantemente
utilizados pelos professores. Algumas características não fazem bom efeito.
Exemplo: o professor gritar (intensidade) em sala de aula. O barulho incomoda
e agita ainda mais os aunos.
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tende a alterar
significativamente o significado de uma situação. A emoção é uma energia que
mobiliza todo o organismo. Invadidos pelas emoções muda-se a percepção e o
comportamento significativamente.
Da mesma forma que as características dos estímulos podem
influenciar no estado psicológico, motivando ou despertando o desejo. Exemplo,
as formas e as cores podem interferir na decisão de compra, instigam a
ingestão de alimentos ou a atenção em uma aula de matemática; pois atinge
diretamente a motivação.
Relacionamos, organizamos
e interpretamos dados a todo instante. Mesmo que uma informação não esteja ao
nosso alcance num determinado momento fazemos uso de um banco de dados rico e
organizado: a memória.
3.2. – Memória:
A memória é um processo
cognitivo de base que garante novas aprendizagens o registro das
antigas por um tempo variado. Ela é responsável pelo armazenamento e resgate
das informações no momento que precisamos usar no ambiente que nos cerca.
Imagine acordar todas as
manhãs e não saber quem você é, que dia é hoje, onde você está e quem são as
pessoas que estão a sua volta. Seria assim se não tivéssemos um registro das
informações que já aconteceram, que já passaram por nossa percepção.
Desta forma teríamos que aprender tudo novamente a
cada dia.
A memória
funciona como um ‘banco de dados’ que guarda
as informações
para serem usadas quando necessário.
Podemos comparar nossa
memória a um computador e veremos que nosso cérebro organiza as informações
em pastas, com vários arquivos, e que estes arquivos podem trocar informações
entre si. Ou seja, podemos fazer relações entre os conteúdos guardados; relacionar, por exemplo, a multiplicação á
divisão; ou a matemática à
estatística, uma pessoa à outra, e assim por
diante.
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As crianças atualmente são
alvos das empresas que investem em estratégias de Marketing, pois, desperta
no jovem consumidor o desejo de compra.
Sugestão de
filme: “Como se fosse a primeira vez”. Filme que retrata a dificuldade de
uma jovem que após sofrer um acidente perde a memória de curto prazo
|
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Fig.8 – A memória – registro de informações da
nossa vivência.
A memória tem três funções
básicas que podemos conhecer através dos seus processos:
1. Codificação da informação: momento em conhecemos e
assimilamos características das informações para nos apropriarmos delas.
2. Armazenamento da informação: tempo em que a
informação fica arquivada em nosso
cérebro para posteriormente usarmos.
3. Recuperação da informação: momento em que fazemos
uso da informação que estava armazenada.
Muita das dificuldades no
aprendizado se deve aquele primeiro processo: codificação. Se não conhecemos bem os
detalhes da informação podemos nos confundir com outras ou não conseguirmos
recuperar um precisão a informação mal codificada. Exemplo: É aquele momento
na hora da prova que temos a certeza de que já vimos o conteúdo, mas não
conseguimos lembrar a resposta.
As informações podem ser
guardadas em arquivos diferentes, no que diz respeito ao tempo de
armazenamento. Dependendo da importância que damos a cada informação
naturalmente selecionamos como importante ou não para ser armazenada. Algumas
lembranças são apagadas depois de segundos, minutos, horas ou dias, outras
jamais esqueceremos, a não ser com a interferência de doenças degenerativas da memória, como por exemplo,
o nome dos nossos pais.
Existe uma
classificação da memória pelo tempo de armazenamento
da informação:
I.
Memória Sensorial: este tipo de memória é muito importante. É o
tipo de memória que você está usando agora para ler este texto. Para poder
compreender a informação que lê,
você
arquiva a
palavra por no máximo 3 segundos, o necessário para
|
No momento da aula o foco deve ser o professor
e/ou o conteúdo exposto pelo professor, mas nem sempre isto acontece.
Dificultando conhecer bem a informação que precisamos armazenar.
Podemos
ter dificuldades em qualquer um dos processos mnemônicos.
|
compreender a frase e
relaciona-la ao contexto do assunto. Este tipo de memória nos dá condições de
entendermos nossas ações e acontecimentos em cenas cotidianas, conversas
informais, diálogos formais, aulas, leituras, filmes, comerciais, etc
II.
Memória de Curto Prazo: este tipo de memória tem a capacidade limitada
para armazenar informações pouco importantes. Provavelmente você lembra o que
almoçou ontem. Mas, daqui a quinze dias possivelmente não lembrará mais. As
informações neste tipo de memória ficam arquivadas por minutos, horas ou no
máximo 15 dias.
São informações de vários
tipos que naturalmente classificamos como ‘descartáveis’, irrelevantes para guardarmos por muito tempo.
No entanto, as informações
que são necessárias por muito tempo, passam um período neste tipo de memória
e só depois selecionamos para a Memória de Longo Prazo.
III.
Memória de Longo Prazo: este tipo tem a capacidade ilimitada. É nela que
guardamos a informação importante, significativa para nós. Este tipo de
memória depende diretamente das nossas motivações e emoções. A informação
quando considerada significativa é levada do hipocampo (memória de curto
prazo) e vai para o neo-córtex (memória de longo prazo), ficando registrada
lá indefinidamente.
Arquivamos lá informações
como a data do nosso nascimento, a primeira namorada (o); nosso nome; nome
dos grandes amigos e da família, telefones importantes, aprendizagens
significativas, fatos e idéias interessantes; enfim, tudo que é significativo
será armazenado por muito tempo, como já falamos, às vezes até toda nossa
vida.
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Fig. 9 – conversar com ‘velhos
amigos’ pode ser
um ótimo exercício para memória
Doenças como Demência Senil, Alzheimer ou
outras degenerativas
podem
acontecer por fatores biológicos ou de mau uso. Por este motivo temos o
desafio de cuidar bem do nosso arquivo.
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Devemos observar nossa
sala de aula. Elas contem muitas informações que superestimulam nossa
percepção? O excesso é prejudicial.
É importante estimular com
cautela. Cores, formas, tamanhos que não tirem a aula de foco.
E nossa aula é atrativa do ponto de vista
perceptual?
As cores, formas e intensidade podem nos ajudar,
ou as vezes nos atrapalhar. Observe e reflita como devem ser os estímulos
visuais, auditivos, táteis, etc...
Este deve sempre ser muito
observado. Devemos sempre nos ocupar na motivação dos alunos para assegurar
uma aprendizagem mais eficiente. Seja criativo!
Assistam, filmes,
|
A nova geração que tem
maior contato na rotina com instrumentos tecnológicos que se encarregam de
guardar informações, como celulares, palm
tops e computadores; deve estar atenta para exercitar a memória de outras
formas, pois aos poucos confiam mais nas memórias externas.
Se você é uma das muitas
pessoas que começa a perceber que sabe atualmente menos os aniversários dos
amigos ou seus telefones note que possivelmente passou a ter menos contato
com o número referente. Como ficar na memória algo que não passa pela percepção?
Nestes casos, estamos
confiando mais nas memórias externas e usando elas de forma mais eficiente?
Assim, deixamos de usar nossa memória, deixamos de exercitá-la. Isto pode
significar um risco para a capacidade de armazenamento e abrir espaço para
problemas mnemônicos.
Exercite sua memória
fazendo atividades diversificadas, mudando caminhos, lendo novos livros,
conversando com pessoas diferentes ou conversando sobre velhos acontecimentos
com amigos de infância. Este arquivo é muito rico de antigas e novas aprendizagens.
Contudo, apesar de agora
ter ficado mais claro a importância da memória deve-se saber que não é
suficiente guardar uma informação por longo tempo se não a compreender. Só
memorizar não tem muito sentido. Precisamos compreender e saber usar a
informação retida. Relacionar fatos, transferir antigas aprendizagens para
novos contextos ou ainda ampliá-los.
O que adiantaria saber uma
fórmula e não saber onde aplicá-la. Ou memorizar uma propriedade matemática e
não saber utilizá-la.
Referências:
BOCK, A.M.; FURTADO, O;
TEIXEIRA, M.L –
Psicologias – uma introdução ao estudo
da psicologia. Editora Sariava, São Paulo, 1999.
Cassundé Portella, M.A – Psicologia da Educação I,
Licenciatura em Matemática, Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia, D-EaD, 2009.
DAVIDOFF- L. – Introdução à Psicologia.
Pearson - Makron Books, 2006. PISANI, E. – Psicologia Geral. Editora Vozes, Petrópolis, 1999.
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documentários, leia
livros, converse, pois, a melhor forma de exercício de memória é através da
linguagem. As palavras formam a maior parte da nossa memória.
Atualmente um dos maiores problemas na educação
reside no fato dos alunos guardarem as informações na memória de curto prazo
e pouco tempo depois não lembrarem.
A maior parte do que
aprendemos na escola deveria ficar na memória de longo prazo, para usarmos em
vários momentos de nossa vida. Ela tem uma capacidade ilimitada, lembram?
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