AULA 03 – NÚMEROS E OPERAÇÕES
![]() |
Geral.
·
Conhecer as estruturas aditivas e
multiplicativas e seus fundamentos teóricos.
Específicos.
·
Descrever as situações-problema que
estão associadas com as estruturas aditivas
·
Descrever as situações-problema que
estão associadas com as estruturas multiplicativas.
Assuntos da
aula:
![]() |
![]() |
PREZADO
ESTUDANTE!
Nesta aula, vamos refletir sobre um tema muito
importante na formação do professor de matemática, os números e suas
operações estudado no ensino fundamental nas redes de ensino pública ou
particular. Durante esse texto você vai reconhecer idéias subjacentes a
contextos de situações da prática social que se associam com uma determinada
estrutura matemática. Vai perceber também que o professor de matemática deve
evidenciar no trabalho com os números e
suas operações algumas categorias (classificação) sobre tipos de problemas
e seus aportes teóricos.
Você já percebeu na leitura do título, dos objetivos e
dos assuntos desta aula a ocorrência dos termos estruturas aditivas e estruturas
![]() |
Adição, subtração, multiplicação
e divisão são termos que não soam como novidade, pois, são velhos
conhecidos.
multiplicativas, e nesse sentido perguntamos:
·
Que relação existe entre as operações
fundamentais e as estruturas aditivas e estruturas multiplicativas?
·
Alguma teoria fundamenta as estruturas
aditivas e as estruturas multiplicativas?
Nesta aula faremos considerações sobre as estruturas aditivas e
multiplicativas apresentando-as a partir de três tópicos gerais:
![]() |
Desejamos a você
um excelente trabalho!
1.
OS PCN E AS OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS.
Quando escutamos histórias sobre o ensino fundamental,
destaca-se aquela em que um aluno ao ler o enunciado (texto matemático) de uma
situação-problema para resolvê-la, tem que escolher uma operação matemática e
pergunta ao professor: É pra somar? É pra subtrair? É pra multiplicar? É pra
dividir?
Porquê as
perguntas anteriores ainda são tão freqüentes?
Quais são as preocupações que deve ter o professor de
matemática ao planejar o estudo das operações fundamentais nos anos finais do
ensino fundamental?
|
![]() |
SAIBA
MAIS
O SND é uma das maiores criações do homem e a história da matemática
revela que sua origem é indo- arábica. O SND dá suporte ao estudo das operações
fundamentais da
matemática. Você lembra quais são as propriedades do
SND?

As orientações anteriores mostram um pouco da realidade
na qual o professor vai se defrontar. Buscamos apoio nos PCN (1998) destacando
que o professor deve: Diagnosticar os conhecimentos prévios
dos alunos sobre as operações fundamentais; Explorar atividades que
abordam ações que dão significado a uma operação
matemática; Representar a resolução de um problema através de um algoritmo
adequado; Observar se a estratégia de resolução escolhida pelo
aluno a um problema é adequada.
Refletindo sobre as orientações anteriores, recorremos
novamente aos PCN (1998), que apresenta uma seleção e organização dos conteúdos
de matemática para os anos finais do ensino fundamental. Assim, os conteúdos se
organizam em quatro blocos: Números e Operações; Grandezas e
Medidas; Espaço e Forma e Tratamento da Informação.
No documento citado, os termos adição, subtração,
multiplicação e divisão, são tratados como conceitos e indicam as
operações fundamentais da matemática.
2.
O FOCO
DO TRABALHO EM MATEMÁTICA: A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS.
Nesse tópico são destacados cinco
princípios dos PCN (1998) que tratam das situações-problema e da resolução
de problemas em matemática como suporte ao estudo das operações
fundamentais.
P1. A situação-problema é o ponto de partida
da atividade matemática e não a definição. No
processo de ensino e aprendizagem, conceitos, idéias (*) e métodos
matemáticos devem ser abordados mediante a exploração de problemas,
ou seja, de situações em que os alunos precisem desenvolver algum tipo de
estratégia para resolvê-las. (PCN, 1998, p.40)
![]() |
Acesse o site do MEC, no endereço www.mec.gov.br e faça o download dos PCN
(1998) de matemática para as séries finais do ensino fundamental. Leia nas páginas 71 e
72 dos PCN, as
orientações sobre os CONCEITOS E
PROCEDIMENTOS para o estudo dos Números e Operações nas séries
finais do ensino fundamental. Leia esse importante documento com
afinco durante seu curso de graduação e após a conclusão do mesmo.

P2. O problema certamente não é um exercício em que o aluno aplica, de forma quase mecânica,
uma fórmula ou um processo operatório. Só há problema se o aluno for
levado a interpretar o enunciado da questão que lhe é posta e a
estruturar a situação que lhe é apresentada”; (PCN, 1998, p.41).
P3. Aproximações sucessivas de um conceito são construídas para resolver
um certo tipo de problema; num outro momento, o aluno utiliza o que aprendeu
para resolver outros, o que exige transferências, retificações, rupturas,
segundo um processo análogo ao que se pode observar na História da Matemática;
(PCN, 1998, p.41).
P4. Um conceito matemático se constrói articulado com outros conceitos, por meio de uma série de retificações e
generalizações. Assim, pode-se afirmar que o aluno constrói um campo de
conceitos que toma sentido num campo de problemas, e não um conceito
isolado em resposta a um problema particular”; (PCN, 1998, p.41).
P5. A resolução de problemas não é uma atividade para ser desenvolvida em paralelo ou como aplicação da aprendizagem, mas
uma orientação para a aprendizagem, pois proporciona o contexto em
que se pode apreender conceitos, procedimentos e atitudes matemáticas.
(PCN, 1998, p.41).
Para aprofundar o tema Resolução de problemas, sugerimos
a leitura do livro de Luis Roberto Dante, Didática da Resolução de Problemas
da Editora Ática. O texto de Dante se apóia nas concepções do livro A arte
de resolver problemas, de George Polya.
![]() |
O quarto princípio apontado pelos PCN
de matemática (1998) revela uma forte relação com a Teoria dos Campos Conceituais de Gérard Vergnaud
que será tratada mais adiante nesta aula.

Para ilustrar a orientação de Polya, o problema a seguir é resolvido
a partir das 4 fases sugeridas.
Uma pessoa tinha de percorrer uma estrada de 78 km. andou 23 km no
primeiro dia, 30 km no segundo dia e 12 km no terceiro dia.
Quantos quilômetros de estrada essa pessoa tem ainda pela frente?
Fase 1. A compreensão do problema requer o conhecimento sobre as
operações fundamentais da matemática, identificando que a adição e a subtração
são as operações em jogo. Em termos do contexto social a situação envolve
distâncias percorridas numa viagem que deve ser feita por uma pessoa numa
estrada. O conhecimento sobre grandezas é fundamental. As noções sobre medida
de comprimento e medida de tempo são requeridas também. É necessário
identificar que existe uma relação entre cada dia de viagem e a distância
percorrida em cada um desses dias.
Fase 2. O plano de resolução remete
ao uso da adição das distâncias
informadas no texto do problema. Depois deve ser usada a subtração para
encontrar a resposta a pergunta feita no final do texto do problema. Os
algoritmos da adição e da subtração devem ser utilizados.
Fase 3. A execução do plano revela estratégias de resolução possíveis. A
pessoa andou 23 km
no primeiro dia, mais 30
km no segundo, mais
ainda 12 km no terceiro dia. Logo, para se ver quanto ela andou no total,
deve-se adicionar 23 com 30 e depois com 12. Para fazer essa adição
identifica-se primeiro os algarismos das unidades: logo 3 + 0 + 2 = 5. Em
seguida os algarismos das dezenas somando-os 2 + 3 + 1 = 6. Usando o algoritmo
vertical encontramos o resultado da adição 65 que é o total de quilômetros
percorridos pela pessoa até o terceiro dia.
![]() |
Considerando que a pessoa tem que percorrer 78 km, para
saber quanto falta, é necessário subtrair
78 − 65 (setenta e oito quilômetros menos sessenta
e cinco quilômetros).
Fazendo esta operação identificamos os algarismos das
unidades 5 e 8 e os algarismos das dezenas 6 e 7 subtraindo 8 − 5 = 3 e 7 − 6 =
1.
Usando o algoritmo vertical para a subtração encontramos
o resultado 13 km que resta para percorrer.

Fase 4. Fazendo um retrospecto da resolução é possível interpretar outras
coisas sobre o problema. As operações usadas foram adição e a subtração. Outra
maneira de resolver o problema requer o pensamento subtrativo a partir da
distância total a ser percorrida pela pessoa em função da soma das distancias
percorridas em cada dia.
Podemos representar essa situação assim: 78 − (23 + 30
+ 12). Perguntamos: o que significa os parênteses? E se não fossem colocados os
parênteses? Que resposta resultaria da expressão 78 − 23 + 30 + 12 ?
Outra resolução possível é considerar a distancia total
a ser percorrida (78 km) e subtrair de cada distancia percorrida em cada dia.
O procedimento adequado é 78 − 23 = 55, depois subtrair 55 − 30 =
25, em seguida subtrair 25 − 12 = 13.
Os procedimentos destacados resultam como resposta
13 km.

|
![]() |
Observe que os objetivos listados por Van de Walle se vinculam com as fases apresentadas por Dante que
por sua vez se apóia em Polya.

Com base nas fases destacadas por Dante (1989) apoiado
em Polya (1978),
nas orientações dos PCN
(1998) e nos objetivos de Van de Walle (2009) para a resolução de problemas passamos a abordar as
estruturas aditivas e multiplicativas, com o suporte da Teoria dos Campos Conceituais.
3. SOBRE A TEORIA DOS CAMPOS CONCEITUAIS (TCC).
A Teoria dos Campos Conceituais (TCC) é um
fundamento que explica as estruturas aditiva e multiplicativa na
abordagem das operações fundamentais da matemática. A seguir são apresentadas
três considerações feitas por Franchi (1999, p. 57) sobre essa teoria:
![]() |
Para Franchi (1999), o autor da TCC (GÉRARD
VERGNAUD) considera que um conceito é apreendido pelo aluno de forma consistente
e significativa quando é explorado pelo professor de matemática a partir
de três conjuntos:

![]() |
SAIBA MAIS
Através de um site de busca da Internet acesse o
endereço www.novaescola.org.br procure
e leia a entrevista com o professor Gérard Vergnaud intitulada
"Todos perdem quando a pesquisa não
é colocada em prática". Conheça o professor através da foto que
aparece a seguir.
![]() |
Imagem extraída do site da Revista Nova Escola.

|
Consideremos um problema de subtração para ilustrar
relações possíveis entre situações, invariantes operatórios e significantes.
SAIBA MAIS.
Aprofunde seus
conhecimentos sobre a TCC, lendo o
capítulo Considerações sobre a Teoria dos campos conceituais escrito por Ana Franchi (1999, p.155
a 195).
Ver nas referências dessa aula.
|
4.
AS
ESTRUTURAS ADITIVA E MULTIPLICATIVA. Classes de
situações-problema que dão significado as operações adição, subtração,
multiplicação e divisão.
Segundo os PCN (1998) é no 6º ano que os conceitos de adição,
subtração, multiplicação e divisão, são revistos e
re-estudados no conjunto dos números naturais e racionais positivos. No 7º ano,
o estudo das operações é feito com base nos números inteiros que são uma
ampliação do conjunto dos números naturais. Nesses estudos, os algoritmos são recursos representacionais usados para resolver problemas.

![]() |
SAIBA
MAIS
Algoritmo é uma regra ou um conjunto finito de regras que permite, diante de
todo problema ou de uma classe de problemas, de conduzir à sua solução, se dele
existe uma, ou, em caso de insucesso, de mostrar que não há solução. Vergnaud (2009,
p.309).
Nesse sentido, Franchi (1999) com apoio na TCC, concebe
as estruturas aditivas e multiplicativas como campos conceituais.
Para Pessoa (2002), no campo conceitual das estruturas aditivas se estuda os
conceitos de adição e subtração ou a combinação entre elas e no
campo conceitual das estruturas multiplicativas são estudados os
conceitos de multiplicação e divisão.
Nos livros didáticos de matemática, em geral, os autores
tratam as operações fundamentais associadas a ações. Bittar e Freitas (2005),
reforçam o que diz Vergnaud (1993) e os PCN (1998) e relacionam as ações para a
adição: juntar e acrescentar; para a subtração: tirar, comparar
e completar; para a multiplicação: adição repetida, combinatória
e proporcionalidade e para a divisão: repartir igualmente e determinar
quanto cabe.
Para representar um problema que envolve uma adição ou
uma subtração selecionamos de Franchi (1999) o diagrama abaixo por inspiração
em Vergnaud (1983),

Distinguem-se três elementos formadores (relação
ternária), medida inicial (retângulo à esquerda), medida final (retângulo à
direita) e transformação entre as medidas (o círculo e a seta). Os retângulos
representam medidas (um número), o círculo representa uma relação
(transformação positiva ou negativa) e a incógnita (?) refere-se à medida
inicial, à transformação ou à medida final.
4.1
Estruturas Aditivas
(Categorias
e algoritmo).
Segundo os PCN (1998), os significados da adição e da
subtração são estudados desde os anos
iniciais do ensino fundamental e em função da variedade e complexidade dos
conceitos integradores desse tema, os alunos levam tempo para construí-los e
consolidados. Nesse sentido, o professor deve adotar um trabalho
sistemático com esses conteúdos ao longo dos terceiro e quarto ciclos,
concomitante ao trabalho de sistematização da aprendizagem dos números naturais
e da construção dos significados dos números inteiros, racionais e irracionais
(PCN, 1998, p.107).
Segundo Vergnaud (2009), as relações aditivas são
categorizadas (C) em seis tipos (ver abaixo) e destas, novos tipos de problemas
de adição e subtração são formulados.

Faça uma pesquisa num livro
didático de matemática de 6º ano do Ensino Fundamental. Nos capítulos que
tratam das operações adição
e subtração identifique quantos e quais problemas se vinculam as ações de juntar,
acrescentar, tirar, comparar e completar.
![]() |
Conhecer o sistema de numeração decimal e suas
propriedades ajuda o aluno a compreender a adição. O quadro de valor e lugar ajuda a
compreender o algoritmo da adição de dois ou mais números.


|
![]() |
Interpretando os termos do esquema acima temos: a
medida no estado inicial é desconhecida (?), a medida no estado
final (21) é conhecida e a relação entre os dois estados
(transformação) é negativa (− 8 é nessa situação um número inteiro).
O raciocínio inverso aplicado (ver o esquema anterior)
mostra que a expressão 21+8 = 29 (como estratégia de resolução) indica que
havia 29 passageiros no ônibus antes da parada. O problema se insere na
categoria 2. Explique esse fato.
Exercite a análise dos elementos em outras
situações-problema com base na situação anterior.
Em um ônibus havia 29 passageiros. Se na parada da praça
desceram 8 passageiros quantos ficaram no ônibus? Resposta: 21.
MI = 29; R = 8; MF = ?
Em um ônibus havia 29 passageiros. Após descerem alguns
passageiros na para da praça ficaram 21 passageiros no ônibus. Quantos
passageiros desceram? Resposta: 8.
MI = 29; R = ?; MF = 21.
Em um ônibus havia 29 passageiros. Na parada da praça subiram 8
No estudo da adição o professor deve
estar atento ao
questionamento: O
que significa “o vai um?”
-
Vai uma dezena?
-
Vai uma centena?
- Vai um milhar?
![]() |
SAIBA MAIS
Nas referências desta aula você encontra o endereço para
acessar esse artigo que trata de um estudo feito por Tânia M. M. Campos, Sandra
M. P. Magina, Irene M. Cazorla e Eurivalda Ribeiro, sobre as estruturas
aditivas envolvendo alunos de escolas públicas de São Paulo e Bahia.
passageiros. Quantos passageiros ficaram no ônibus após
a parada da praça? Resposta: 37.
MI = 29; R = +8; MF = ?
Em um ônibus havia 29 passageiros. Após a parada da
praça subiram alguns passageiros e ficaram 37 passageiros no ônibus? Quantos
passageiros subiram no ônibus? Resposta: 8.
MI = 29; R = ?; MF = 37.
Em um ônibus havia muitos passageiros. Após a parada da
praça subiram 8 passageiros e ficaram 37 passageiros no ônibus? Quantos
passageiros existiam no ônibus antes da parada da praça?
Resposta: 21.
MI = ?; R = + 8; MF = 37.
Ilustrando a ação de juntar: O acervo da
biblioteca da escola possuía 1379 livros. Foram comprados 763 livros novos.
Quantos livros fazem parte agora do acervo da biblioteca?
Para ilustrar a ação de acrescentar analise a
situação-problema: Paula tem 9 reais e ganhou outros 3 reais. Com quantos reais
ela ficou?. É previsto que o aluno identifique no texto do problema a operação
adição. Para explicar o resultado anterior o aluno deve recorrer ao algoritmo (ver figura
abaixo) usado comumente nas aulas de
matemática. O professor deve usar linhas ortogonais e paralelas para indicar
a posição dos algarismos nas ordens e classes do SND.
![]() |
Considerando que nove (9) unidades mais uma (1) unidade
forma uma dezena (10), justifica-se o vai um, que significa “vai uma
dezena” para a ordem das dezenas, e ficam duas unidades na ordem das
unidades simples. A resposta é: Paula ficou com 12 reais.
4.1.1.
Estruturas Aditivas (Tipos de situações-problema).
Para os PCN (1998), os tipos mais comuns são as
seguintes: combinar estados para obter um outro, transformação, comparação
e
![]() |
Usando o esquema mostrado no início
deste tópico, identifique a medida no estado inicial, a medida
no estado final e a relação entre as medidas para resolver as
situações-problema do tipo aditivo:

76 kg. Qual é a diferença de peso entre eles?. B)
Carlos pesa 54 kg e Paulo pesa 7 kg a menos que Carlos. Qual é o peso de Paulo?
(PCN, 1998. p. 108).
composição de transformações.
Combinar estados para obter um
outro. Selecionamos dos (PCN, 1998, p. 108), uma
situação-problema que ilustra o uso do número racional na forma de fração. Os
resultados de uma pesquisa sobre os esportes preferidos pelos alunos de uma
escola indicaram que 2/5 preferem futebol, 1/4 prefere voleibol, 1/3 prefere
basquete e os demais não optaram por nenhuma dessas modalidades. Qual é a
fração do total de alunos que indica a opção por esses três esportes?
Para explorar a ação de separar. Qual é a fração
do total de alunos que indica a não-opção por essas modalidades?
Para explorar a ação de retirar.
Qual é a fração do total de alunos que indica a não opção por futebol? (exemplo
com número racional). Usando números naturais. Em uma sala de aula estão
presentes 38 alunos. Sabendo-se que 17 são meninas, quantos serão os meninos? O
algoritmo comumente usado para resolver uma subtração é o que aparece abaixo com
o suporte da propriedade do valor posicional do SND. As ordens, unidade, dezena
e centena são mostradas no algoritmo.
![]() |
Usando o algoritmo tradicional e também o esquema que
apresenta os estados inicial e final e a relação entre os estados, resolva as
situações-problema selecionadas dos (PCN, 1998. p. 108) a seguir.
Situação que envolve a
Transformação (alteração de um estado
inicial pode ser positiva ou negativa). 1. Há
um ano atrás Carlos media 1,57
m. Neste último ano ele cresceu 0,12 m. Qual é a altura
de Carlos hoje? 2.
Hoje Carlos mede 1,83 m de altura. Neste último ano ele
cresceu 7 cm. Qual era sua altura
há um ano? e 3. Há um ano a altura de Carlos era de 1,67 m e hoje é de
1,76 m. Quanto ele cresceu neste último ano?
Situação que envolve a Comparação - Carlos pesa 65,5 kg e Paulo 7,5 kg a mais que Carlos. Qual é o
peso de Paulo?
Situação que aborda a Composição
de transformações com variação de medidas positivas
e negativas que levam à necessidade do uso dos números inteiros negativos. 1 - No início de um
jogo Ricardo tinha um certo número de pontos. No decorrer do jogo ele ganhou 10
![]() |
Pesquise as
propriedades da
subtração.
pontos e, em seguida, perdeu 25 pontos. O que aconteceu
com seus pontos no final do jogo? 2 - Ricardo iniciou uma partida com 15 pontos de desvantagem com relação aos
pontos de Pedro. Ele terminou o jogo com 30 pontos de vantagem em relação a
Pedro. O que aconteceu durante o jogo? 3 - No
segundo tempo de um jogo Paulo perdeu 7 pontos. No final ele estava com uma
desvantagem de 9 pontos. O que aconteceu no primeiro tempo do jogo? 4 - No primeiro tempo de um jogo Carlos perdeu 7 pontos e no segundo ele
perdeu 9. Como estavam seus pontos no final do jogo? (PCN, 1998. p. 109).
Em termos de propriedades operatórias comumente tratadas
nas situações-problema envolvendo a adição, Silva, Lourenço e Côgo (2004),
consideram as seguintes: 1) Comutatividade: dados dois números quaisquer
a e b teremos que: a+b
= b+a. 2) Associatividade:
dados três números quaisquer, a, b e c, teremos que: a + (b+c) = (a+b) + c.
3) Elemento neutro: existe o número 0 (zero) de
forma que para todo número
a tem-se: a+0 = 0+a = a.
4.2
Estruturas Multiplicativas (Ações e Classes
de situações).
Com base na teoria dos campos conceituais, as estruturas
multiplicativas abordam as operações multiplicação e a divisão.
Para representar a multiplicação é comum usar a letra
“xis” (x) ou o “ponto” (.). Na multiplicação de 2 por 3, os registros 2x3, 2.3,
3x2, 3.2 representam com fidelidade esse produto e o resultado é 6.
A representação numérica 2x3=6 (ou 2.3=6) é chamada de algoritmo
horizontal da multiplicação. A representação numérica ao lado é chamada
de algoritmo vertical da multiplicação. Da forma como foi apresentada a
multiplicação de 2 por 3, considera-se que as representações anteriores
apresentam um contexto estritamente matemático.
Uma concepção sobre a multiplicação comumente
observada nos alunos é aquela que afirma que o resultado da multiplicação entre
dois números é sempre maior que esses números. No exemplo anterior (2x3=6) e 6
é maior que 2 e 3. Excepcionalmente, se um dos números é do tipo racional
e menor que 1 o resultado é menor que 1 e não obedece a essa concepção. Por
exemplo, a multiplicação 2 x 0,5 é igual a 1. Então 1 é menor que o número 2.
Na situação, “Calcular o preço de 5 carrinhos de
plástico (objeto) sabendo-se que o preço de um carro é R$6,00 (custo)”, a
resolução pode ser feita usando o esquema abaixo baseado em Franchi (1999) que
mostra os elementos do problema envolvendo a operação
![]() |
![]() |
Quais situações de nosso cotidiano
podem ampliar e enriquecer o uso das
representações horizontal e vertical para a multiplicação?
multiplicação e
os estados inicial ou final
![]() |
As relações entre objetos e custos revelam: Se 1
carro custa 6 então 5 carros custam 30 e o contexto da situação
envolve o sistema monetário brasileiro. A leitura do esquema
mostra que as medidas M1 e M2 são conhecidas e a resposta é 5 carrinhos
custam R$30,00.
No esquema acima percebe-se que a relação entre as
medidas é quaternária. Usando o esquema com setas resolva as duas situações a
seguir. Situação
1. Mariana comprou uma camisa de manga curta por R$
25,00 e para comprar mais quatro camisas do mesmo tipo quanto deverá pagar?. As
representações 25x4; 4x25; 25.4 ou 4.25, traduzem a resolução e o valor
R$100,00 é a resposta. Situação
2. Se o preço de uma camisa fosse R$25,65, quanto
Mariana pagaria por quatro camisas do mesmo tipo?, Para encontrar o valor a
pagar o aluno adota as representações 4x25,65; 4.25,65; 25,65x4 ou 25,65.4, e a
resposta é R$103,00.
Sobre as situações 1 e 2, o que se pode esperar do aluno
em termos de procedimento de resolução: O aluno recorra a adições repetidas?
Usa o algoritmo vertical ou o algoritmo horizontal que representa a escrita
dos números com base nas propriedades do Sistema de Numeração Decimal
(SND)? Quais conceitos o aluno deve usar para resolver a situação
1? Quais conceitos o aluno deve usar para resolver a situação 2?
Considere agora a multiplicação de 3 por 2. Como
representar geometricamente a multiplicação 3x2?
A disposição retangular é um tipo de
representação usada para visualizar a multiplicação e deve ser considerada pelo
professor como uma estratégia de cálculo. Fotos de bancas enfileiradas
em sala de aula e uma malha quadriculada desenhada numa folha de papel
ajudam a resolver um problema que envolve a multiplicação.
Recorrendo a retângulos formados por quadrados de uma
malha quadriculada é possível destacar duas disposições. Na leitura, o primeiro
número da multiplicação representa a quantidade de colunas (na
vertical) e o segundo número a quantidade de linhas (na
horizontal). A primeira disposição é apresentada na figura ao lado,
![]() |
Duas disposições retangulares numa malha quadriculada.
|
|
|
|
|
|


|
|
|
|
|
|
3x2 ou 3.2
Pesquise em livros de matemática do 6º
ano a ocorrência de atividades que ilustram as idéias de disposição retangular e
combinatória.
onde vemos duas (2) colunas e três (3) linhas de
quadrados representando a multiplicação 2x3. Logo, 2x3 resulta em 6 e 2x3=6. A segunda
disposição é apresentada com três (3) colunas de quadrados e duas (2) linhas de
quadrados representando a multiplicação 3x2. Então, 3x2 resulta 6, logo 3x2=6.
As representações anteriores permitem constatar que na igualdade 2x3=3x2=6 a propriedade
comutativa é aplicada.
Para explorar o pensamento combinatório resolva a situação:
1. Marina tem quatro calças de cores diferentes e oito
camisas também de cores diferentes. De quantas maneiras ela pode se vestir com
uma calça e uma camisa sem repetir o mesmo par de peças de roupa? Nessa
situação, a resposta é 4x8=32 e permite visualizar a multiplicação usando a árvore
de possibilidades.
Resolva o problema a seguir: Lancei dois dados: um
vermelho e um azul. Quantos resultados diferentes posso encontrar?
O pensamento combinatório também aparece em
situações ligadas á divisão. Usando o esquema de setas resolva o problema
abaixo.
No decorrer de uma festa, foi possível formar 12 casais
diferentes para dançar. Se havia 3 moças e todas elas dançaram com todos os
rapazes, quantos eram os rapazes?
Para explorar o pensamento que aborda a proporcionalidade,
resolva a situação a seguir usando o esquema de Vergnaud.
Renato comprou uma bermuda por R$35,00. Se comprar 6
bermudas do mesmo tipo quanto deve pagar?
As situações que envolvem a multiplicação. Segundo Vergnaud (2009), três classes de
situações multiplicativas se distinguem, isomorfismo de medidas, caso
de um único espaço de medidas e produto de medidas.
O isomorfismo de medidas.
Relação quaternária. Duas quantidades são medidas de certo tipo e as duas outras
medidas, de outro tipo. Exemplos: 1. Tenho 3 pacotes de iogurte. Há 4 iogurtes
em cada pacote. Quantos iogurtes eu tenho? 2. Minha mãe quer comprar tecido a R$24,80 o metro para fazer um
vestido e um paletó. Ela necessita de 3,50 metros de tecido. Quanto ela deve
gastar? 3. Paguei R$12,00 por 3 garrafas de vinho. Quanto custa cada garrafa?
Caso único de um espaço de medidas. São necessários 2 metros de tecido para fazer uma saia; são
necessárias três vezes mais para fazer um conjunto. Quanto de tecido é
necessário para fazer um

Em termos de propriedades
operatórias da multiplicação, Silva, Lourenço e Côgo
(2004), que
consideram: 1) Comutatividade:
dados dois números quaisquer a e b tem-
se: axb=bxa. 2) Associatividade:
dados três números quaisquer, a, b e c, tem-se: ax(bxc)=(axb)xc.
3) Elemento neutro: existe o número 1 (um) de forma que
para todo número a tem-se: ax1=1xa=a.
conjunto?
O produto de medidas é
uma classe de situação ternária, das quais uma é o produto das duas outras ao
mesmo tempo. Exemplificando essa classe com duas situações envolvendo
grandezas. Situação
1. Qual é a área em centímetros quadrados de um
retângulo cujos lados medem 6 cm e 9 cm? Situação 2. Qual é o volume em centímetros cúbicos de uma caixa em forma de
paralelepípedo retângulo de 5 cm² de área da base e 8 cm de altura? Nas
situações 1 e 2 trabalha-se com grandezas que são produtos de outras grandezas.
Na situação 1, a medida de área 54 cm² é o produto dos comprimentos dos
segmentos 6 cm por 9 cm. Na situação 2, a medida de volume 40 cm³ é o produto
da área de 5 cm² pelo comprimento 8 cm.
A associação entre a multiplicação e a divisão pode ser
estabelecida por meio de situações, como: A área de uma figura retangular é de
54 cm². Se um dos lados mede 6 cm, quanto mede o outro lado? O volume de uma
caixa em forma de paralelepípedo retângulo é de 40 cm³ a altura é 8 cm. Qual é
a é a área da base?
Algoritmo usual da multiplicação. O algoritmo comumente utilizado na escola é mostrado na figura a
seguir. Os termos são denominados de multiplicando, multiplicador, produtos
parciais e produto
final. Observando o algoritmo abaixo descubra o valor das letras m, n, o e
p. Explique os
procedimentos utilizados na resolução.
![]() |
Sobre as
ações associadas à divisão. As ações comumente tratadas nas situações-problema envolvendo a divisão são partição e medida. Para representar a divisão o algoritmo tradicional da divisão é
mostrado a seguir. Novamente você percebe as ordens e classes do Sistema de
Numeração Decimal.
![]() |
Identifique qual o tipo de raciocínio vinculado à
operação divisão nas situações-problema seguintes que Vergnaud (2009),
exemplifica como
![]() |
Selecione um livro didático de matemática do 6º ano.
Identifique o capítulo que é destinado ao
estudo da operação divisão. Verifique na relação de problemas resolvidos
e propostos qual a ocorrência das idéias da
divisão.
![]() |
Elabore uma situação- problema que seja
resolvida através dos números que
compõem o algoritmo da divisão à esquerda.
estruturas multiplicativas. Produto discreto-discreto.
Um comerciante quer colocar à disposição dos clientes 15 variedades de sorvetes
cobertos de chocolate. Ele dispõe de três variedades de chocolate. Quantas
variedades de sorvetes ele deve ter? Produto contínuo- contínuo.
Um retângulo tem uma superfície de 18,66 metros quadrados e uma largura de 3,23
metros. Qual é o seu comprimento? Produto contínuo-contínuo e noção de média.
Uma piscina tem uma área de 265,4 metros e são necessários 633,3 metros cúbicos
de água para enchê-la. Qual é a profundidade média da piscina?
![]() |
1.
Considere os termos: juntar;
acrescentar; retirar; a mais; subtrair; dividir; agrupar; multiplicar; vezes;
múltiplo de; divisor de; somar; completar; reunir; dobro; dobrar; triplo;
completar; reunir; grupos; a menos; triplo; adicionar; separar; crescer;
ampliar; diminuir; soma; menor; maior; reduzir; aumentar; agrupamento; troco;
razão; proporcionalidade. Associe cada termo a uma das operações
fundamentais. Você lembra de outros termos que podem ser associados a cada uma
das operações fundamentais?
Identifique a operação que está associada a cada um dos
problemas seguintes e apresente a resposta.
2. Renato
é professor de matemática e planejou com seus alunos de 6º ano uma viagem
técnica para uma cidade vizinha distante 78km de sua escola. A viagem será
realizada em 4 etapas. A primeira etapa da viagem tem 23km, a segunda etapa tem
30 km e a terceira etapa tem 12 km. Quantos quilômetros têm a 4ª etapa da viagem?
3. Em
uma sala de aula estão presentes 38 alunos. Sabendo-se que 17 são meninas,
quantos serão os meninos?
4.
Regina tinha 38 selos, ganhou mais
alguns, ficando com 50 selos. Quantos selos
ganhou?
5.
Cláudio coleciona selos.
Atualmente, sua coleção tem 54 selos. Destes, ele deu 13 para seu amigo Marcos.
Com quantos selos ficou sua coleção?
6.
Na secção de perfumaria de uma loja
estavam anunciados os seguintes preços para sabonetes:
-
sabonete de glicerina – 1 unidade: R$1,60.
-
sabonete de lavanda – caixa c/ 4unidades: R$7,60.
- sabonete de algas
– 1 unidade: R$2,30
6a. Maria comprou 6 sabonetes da mesma marca. Pagou por eles

Um método curioso e
interessante para multiplicar a ser apresentado aos alunos utiliza os dedos das
mãos. Pesquise esse método em livros que
abordam a
História da
Matemática. O livro paradidático de Luiz Márcio Imenes, Os números na história da civilização da Editora Scipione também trata dessa curiosidade
com a multipplicação. Leia como sugestão o de Carl Boyer.
![]() |
Como curiosidade pesquise o método egípcio para a multiplicação.
Pesquise também o método russo de multiplicar, e a multiplicação árabe chamada de gelosia. Identifique qual desses métodos é mais parecido com o que usamos
nas aulas de matemática.
R$9,60. Maria comprou sabonetes da
marca
6b. Paulo gastou R$15,20 para comprar
8 sabonetes. Ele comprou sabonetes da marca .
7.
Uma fábrica de sabão em pedra
embala os produtos em caixas com 4 dúzias. Para embalar 15600 pedras de sabão,
quantas caixas serão usadas?
8.
Um veículo está à venda por
R$45192,00. Seis pessoas resolveram comprar o veículo pagando cada uma o mesmo
valor que as outras. Quanto cada pessoa deve
pagar?
![]() |
Nesta aula, foram apresentados aspectos gerais do bloco
de conteúdos números e operações que devem ser considerados pelo professor de
matemática no trato das operações adição, subtração, multiplicação e divisão e
seus significados nos anos finais do ensino fundamental. Os fundamentos
estudados não se esgotam nesse texto e devem ser ampliados com novas leituras
individuais e em grupo. Agora, você sabe que o ensino e a aprendizagem das
estruturas aditivas e multiplicativas deve estar associado com as operações
fundamentais e olhar apenas para os algoritmos é coisa do passado. As diversas
situações onde o algoritmo é usado devem priorizar seus futuros planejamentos
de aulas sobre o tema.

O professor deve selecionar situações-problema diversas
e promover modificações intencionais sobre algumas informações (tipos de
números e grandezas envolvidas) contidas num texto matemático para que o aluno mobilize novos
conhecimentos e os diferentes significados das operações. Conhecer os
fundamentos teóricos das estruturas aditivas e multiplicativas e suas classes
de situações- problema tem como objetivo diminuir as dificuldades dos alunos com
as operações fundamentais da matemática.
REFERÊNCIAS
BRASIL, MEC/SEF, Parâmetros Curriculares Nacionais,
Matemática, 5ª A 8ª séries, Brasília, 1998.
DANTE, LUIZ ROBERTO, Didática da Resolução de Problemas,
Editora Ática, São Paulo, 1989.
FRANCHI, ANA, Considerações sobre a Teoria dos campos
conceituais, in Machado, Silvia Dais Alcântara Machado (Org.), Educação
Matemática: uma introdução, Educ, São Paulo, SP, 1999.
POLYA, G., A arte de resolver problemas, Rio de Janeiro,
Editora Interciência, 1978.
PAIS, LUIS CARLOS, Didática da matemática, uma análise
da influência francesa, Editora Autêntica, Belo Horizonte, MG, 2001.
SILVA, CIRCE MARY SILVA DA; LOURENÇO, SIMONE TORRES E
CÔGO, ANA MARIA. P O ensino-aprendizagem da matemática e
a pedagogia do texto. Brasília. DF. Plano Editora. 2004.
VAN DE WALLE, JOHN.A. Matemática no Ensino Fundamental: formação de professores e
aplicação em sala de aula. Tradução: Paulo Henrique Colonese. 6. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2009.
VERNAUD, GÉRARD, A criança, a matemática e a realidade:
problemas de ensino de matemática na escola elementar. Curitiba, Editora da
UFPR, 2009.
REFERÊNCIA DA INTERNET
CAMPOS, TÂNIA MARIA MENDONÇA, MAGINA, SANDRA MARIA
PINTO, IRENE MAURICIO CAZORLA Y EURIVALDA RIBEIRO. As
estruturas aditivas nas séries
iníciais do ensino fundamental: um estudo diagnóstico em contextos diferentes.
Revista latinoamericana de investigación en
matemática educativa, versión
impresa, issn 1665-2436.Relime, v.10, n.2, México, jul. 2007. In
http://www.scielo.org.mx/pdf/relime/v10n2/v10n2a3.pdf.
ATIVIDADE DA SEMANA III
Elaborar um Mapa
Conceitual que trata de uma Operação Matemática Fundamental e poste nesse fórum
para ser avaliado

Fonte: https://matematicabasica.net/adicao/
Nenhum comentário:
Postar um comentário