COGNIÇÃO E APRENDIZAGEM DA
MATEMÁTICA
Profa.
Maria Ângela Cassundé Portella IFPE – Licenciatura em Matemática
Aula 05
Formação de
Conceitos e Aprendizagem
Caro Aluno,
Após estudarmos
vários processos cognitivos nos capítulos anteriores, continuaremos agora
ainda com o estudo referente a outros dois processos: a formação de conceitos e a aprendizagem. Estes são fundamentais
para a aquisição do conhecimento de forma geral. Contudo, daremos ênfase à
aquisição do conhecimento matemático, já que este é o objetivo do curso.
Iniciaremos
pela formação de conceitos que de acordo com vários autores se inicia na
infância e se consolida na puberdade. Veremos por que.
Formação
de Conceitos:
O
desenvolvimento cognitivo acontece de forma constante e gradativa, mediante o
amadurecimento sensitivo e cerebral, na interação com outras pessoas e
experiências com objetos e significados culturais. Durante cada etapa da
evolução cognitiva o sujeito usa diversos processos mentais que aos poucos se
tornam mais sofisticados e eficientes, graças á qualidade do raciocínio que
se modifica.
Tudo que habita
o universo é organizado e classificado em classes ou categorias. Esta
organização viabiliza a compreensão do pensamento e os significados
culturais. Desta maneira o nosso pensamento pode operar de forma mais lógica.
E o mais interessante é que o próprio pensamento, mais especificamente o
raciocínio é que organiza estas categorias. Mas como isto acontece?
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Dicas e comentários
Inicialmente
uma criança chama todas as outras crianças de ‘nêm nêm”. Depois discrimina e
nomeia diferentes por diferentes idades.
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Fig 1 – Classifica-se os objetos por características semelhantes
ou diferentes
Tudo no mundo
tem sua classificação, s pessoas, os objetos, os desejos, os animais, as
plantas, as atividades... Todos possuem características diferentes,
específicas e entre eles também encontramos características semelhantes ou
até iguais. É o fenômeno chamado de Taxonomia.
A taxonomia é a
ciência que se ocupa na classificação e organização das coisas e os
princípios subjacentes à classificação. Kant com seu pensamento
epistemológico acredita que a mente humana organiza naturalmente seu
conhecimento do mundo em sistemas.
A maioria dos
cognitivistas mostra em suas pesquisas que o cérebro se encarrega desta
função e para isto utiliza vários processos cognitivos ao mesmo tempo. Entre
eles a linguagem, o raciocínio, a inteligência, a percepção e a memória; porém
principalmente utilizamos a FORMAÇÂO DE CONCEITOS.
O que é uma
bola? O que é um carro? O que é um martelo?
Para chegar à
conceituação dos objetos, ou a sua definição, vários aspectos são levados em
consideração: forma, tamanho, cor, função, etc. Captamos estas informações e
as interpretamos, ou seja, percebemos suas características e só então,
começamos a ordená-las.
Dois aspectos
fundamentais para esta ordenação, ou seja, para a formação de conceitos: a generalização e a discriminação.
Ao percebermos
as coisas do mundo verificamos elementos que coincidem em algumas destas
coisas. Assim estamos generalizando.
A mesma característica sendo encontrada em coisas diferentes. Uma criança de
dois anos pode chamar todo homem idoso e grisalho de vovô. Assim ela está
generalizando algumas características para todos eles. Posteriormente com a
evolução de sua percepção, memória, raciocínio e linguagem compreenderá
existem outros homens grisalhos e idosos que não são avô e mais tarde
compreenderá também que eles podem até ser ‘vovôs’, mas não seu vovô e sim de
outras crianças. Assim, ela estará discriminando
os diversos elementos e relacionando os que são coincidentes ou distintos
e formando grupos ou categorias
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Epistemologia:
ciência que estuda a origem do conhecimento.
O adulto deve, portanto nomear os objetos e realçar suas
características para as crianças, para ajudar na formação de novos conceitos
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Fig. 2 – As crianças à medida que
ampliam a percepção e o raciocínio e outros processos cognitivos discriminam
itens para formar novas categorias ou ampliar categorias existentes.
Portanto, é
imprescindível deixar claro para a criança durante seu desenvolvimento as
características que diferenciam objetos, idéias, pessoas, regras,
propriedades, etc. Assim, viabilizaremos a discriminação de itens relevantes
a formação de conceitos ou apenas a ampliação destes.
À medida que as
crianças ampliam sua percepção, memória, linguagem raciocínio, amplia também
seus conceitos e sua aprendizagem, sendo também condição para novamente
ampliar percepção, memória, linguagem raciocínio, conceitos e novas
aprendizagens, formando um processo cíclico, constante.
Um aspecto que
auxilia na organização do pensamento é a categoria a que pertence um objeto,
símbolo, pessoa ou idéia ou qualquer outra coisa. Ficamos assim de posse de
elementos que generalizam a ‘coisa’ e ao mesmo tempo já discriminamos outros
elementos. Por exemplo, ao ouvir pela primeira vez o nome de um novo
equipamento tecnológico e alguém me informar “é um telefone”. Neste momento
descarto várias outras categorias. Sei então, que não é um animal, ou móvel,
ou objeto de arte, nem um Fico sabendo então que não é um objeto, nem um
móvel, nem um animal e assim por diante. Desta forma meu pensamento já será
direcionado para algumas características de generalização. E ao conhecer e
provar o açaí fará então as discriminações
necessárias.
Nos conceitos
matemáticos estudados pelas crianças e adolescentes na escola básica, na
maioria das situações encontramos professores mais ocupados em ensinar
procedimentos, operações e algoritmos; desta forma os conceitos matemáticos
ficam em segundo plano. A criança que compreende bem o conceito que está
lidando terá maior facilidade de compreender as operações subjacentes.
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Fig 2 – Compreender bem
um conceito facilita a aprendizagem do campo conceitual e as futuras
aprendizagens.
Refletiremos sobre o conceito de fração, estudado por crianças a partir do terceiro
ano do ensino fundamental:
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O conceito de fração está relacionado à quais outros conceitos?
A Educação Matemática também chamada de Didática Matemática (em países europeus) é o
estudo das relações de ensino e
aprendizagem de Matemática.
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De um modo
geral percebe-se falta de prontidão cognitiva para a compreensão deste
conceito. Crianças de 7, 8 ou 9 anos ainda não conquistaram em seu
desenvolvimento cognitivo alguns elementos fundamentais para a aquisição
deste conceito. A fração lida com abstrações: relações entre relações. Por
este motivo é um conceito mais aprofundado nas séries seguintes, à medida que
a criança desenvolve-se cognitivamente.
Contudo, desde
os primeiros contatos com o conceito professor deverá conceituar
precisamente, dar exemplos diversos e de preferência com objetos concretos, e
fazer relações com outros conceitos agregados, como a divisão e adição.
Assim, paulatinamente o aprendiz terá condições de relacionar o conceito de
fração com todo campo conceitual e saber reconhecer este conceito e operar
com ele em diferentes contextos.
Conceitos matemáticos e procedimentos algoritmos:
É relevante
pensar a relação entre o conceito e o seu algoritmo. Ou seja, entre o conceito estudado e as
regras ou passos para a resolução do problema. Levemos em conta o conceito de adição.
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Fig. 3 – O conceito de
adição aprendido desde a educação infantil será utilizado em várias operações
posteriormente.
O conceito de
adição que por sua vez já envolve outros conceitos subjacentes, como o
conceito de quantidade e a compreensão do sistema numérico decimal serão
fundamentais para a compreensão de outros conceitos futuramente aprendidos:
subtração, multiplicação, divisão e utilizados em vários outros algoritmos,
na soma de frações, na equação, inequação. Além de serem estudados e
aplicados em outras ciências: física, química, estatística, etc
Desta forma, a
adição deve ser muito explorada pelos professores em sua totalidade,
relacionada a outros conceitos e exploradas suas propriedades.
As propriedades
matemáticas, que normalmente tem princípios semelhantes ou até iguais num
mesmo campo conceitual auxiliam muito na compreensão dos conceitos e na
flexibilidade do nosso pensamento a cerca destes. Por exemplo, na adição e
multiplicação que são conceitos relacionados, construídos em momentos
diferentes têm propriedades semelhantes.
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Algumas escolas estão utilizando como atividade guiada o dominó de
adição com resultados excelentes
Os psicólogos
descrevem relações entre as categorias dos conceitos chamadas de hierarquia –
membros posicionados uma acima do outro. Exemplo: seres vivos – animais –
cachorro – labrador.
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Passaremos
agora para o estudo do processo cognitivo mais abrangente. O conceito de aprendizagem envolve todos os outros
processos já estudados por nós na disciplina.
Aprendizagem:
Nesta disciplina
estudaremos o conceito de aprendizagem em seus aspectos gerais. Na próxima
disciplina, Fundamento Psicológico e
Epistemológico da Educação estudará algumas teorias que mostram posições
específicas em relação a este conceito.
Provavelmente a
característica mais peculiar e importante do ser humano reside no fato de que
ele tem uma grande capacidade de
aprendizagem. É esta característica inclusive que o distingue dos outros
animais.
Como conseqüência, as
pessoas se desenvolvem em grande parte pela influência do aprendizado; ou
seja, costumes, ações, procedimentos, interesses e caráter sofrem grande
interferência das aprendizagens.
E de onde vêm as
aprendizagens?
Hereditariedade
e Ambiente:
Seria uma capacidade herdada da espécie ou algo adquirido no ambiente
em que vivemos?
Existe um grande debate nas ciências em relação a
estes dois fatores.
Depois de muita
discussão na filosofia e psicologia hoje se sabe que os dois fatores são
importantes para o desenvolvimento humano, no entanto, algumas perguntas não
querem calar: quem pesa mais a herança ou os aspectos do contexto em que
vivemos? Em que momento? Ou seja, até que ponto as diferenças comportamentais
e mentais entre as pessoas são influenciadas por diferenças genéticas? E até
que ponto as diferenças genéticas podem ser modificadas pelo ambiente?
(Cassundé Portella, 2008)
O que acontece
com irmãos e até gêmeos ‘idênticos’? Irmãos criados pela mesma família, mesmo
contexto, com as mesmas oportunidades na formação e com características
genéticas muito semelhantes; o que os faz terem comportamentos, interesses e
desejos tão distintos?
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Fig. 4 – Irmãos, até mesmo gêmeos, possuem aprendizagens
diferentes
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Hereditariedade e
Ambiente:
Alguns ditados populares
remetem a
esta discussão: “Pau que nasce torto, morre torno”; “O homem é fruto do
meio”; “Diz com que andas, que direi quem és”
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E assim, estes
irmãos terão inteligências e personalidades diferentes, com características
bem peculiares.
Os estudos
mostram que além de aprendizagens diferentes, estes irmãos terão percepções
diferentes, ou seja, a partir de suas experiências, construirão
interpretações distintas do que é internalizado.
Instintos
O instinto é um tipo de
aprendizagem que mostra que o fator herdado na espécie tem influência na
aprendizagem e na adaptação do homem ao seu meio.
O instinto é uma aprendizagem que já vem pronta ao
nascimento, sendo particular a cada espécie. O ser humano e os animais
possuem comportamentos instintivos. Contudo, o ser humano possui uma menor
carga instintiva.
O ser humano é
um ser racional. Nascemos dotados de um grande potencial cognitivo, ou seja,
uma grande capacidade de aprender.
Esta capacidade
é adquirida através dos processos cognitivos, que já estudamos: inteligência,
percepção, raciocínio, criatividade, linguagem, pensamento, memória,
resolução de problemas e assim, grandes possibilidades de adaptação ao meio.
Por este motivo,
necessitamos de menos instintos para nossa sobrevivência, enquanto que os
animais apóiam sua sobrevivência na capacidade instintiva. Eles têm uma
capacidade de aprendizagem bem mais restrita e fazem uso das aprendizagens de
sua espécie: os instintos.
Se necessitarmos, por exemplo, de alimentos teremos
várias formas de conseguir. Já os animais possuem tendências instintivas para
esta busca para si e para seus filhotes. Assim como para construção do seu
habitat.
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Fig. 5 – Os
animais com o Instinto de sobrevivência garantem sua adaptação e necessitam
menos de, nossas aprendizagens.
Já aprendemos que os dois
fatores concorrem para nossa capacidade de aprendizagem: os fatores herdados da espécie e dos nossos parentes,
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Os animais
possuem maior capacidade instintiva para possibilitar sua sobrevivência.
Sugestão de filme: A guerra do fogo.
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assim como, as condições ambientais. Portanto,
apesar de possuirmos instintos temos uma grande possibilidade de ampliação da
aprendizagem. Temos, portanto, outros tipos de aprendizagem.
O aprendizado é
considerado por muitos autores como a totalidade de outros processos que
levam a uma mudança de comportamento. Adquirimos as habilidades de falar,
cantar, pular, dançar, ler, escrever, andar de bicicleta, jogar, enfim, a
maior carga das nossas ações é fruto de aprendizado diário, contínuo.
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Fig. 6 – Os jogos são ricas fontes de aprendizado
Iniciamos nossa
aprendizagem na vida intra-uterina. O bebê já nasce reconhecendo alguns sons,
entre eles o mais importante a voz da mãe. A partir d aí começa a
experimentar novos sons e outras informações sensoriais e não pára mais.
Aprendemos desde o início de nossas vidas e só paramos de aprender quando morremos.
Todos os dias
nós aprendemos ou aperfeiçoamos nosso arcabouço de conhecimentos
intelectuais, procedimentais e motores. O ser humano busca aprender constante
e naturalmente. E é como conseqüência deste processo juntamente com os outros
processos cognitivos ele consegue a adaptação
e sobrevivência. Muitos fatos novos e corriqueiros acontecem a todo
instante. Para a maioria nos preparamos aos poucos aprendendo. E o que
possibilita é, além da característica da ‘curiosidade’, uma energia especial
- a motivação para aprender.
Tipos
de aprendizagens:
Como já mencionamos a
aprendizagem resulta sempre em uma mudança de comportamento. Além dos
instintos debatidos no início do assunto, Campos (1996) divide a aprendizagem
em três tipos:
·
Aprendizagem Cognitiva
·
Aprendizagem Afetiva
·
Aprendizagem por
Automatismos
Aprendizagem Cognitiva:
Aquela
que predomina em seus processos os elementos de natureza intelectual ou
cognitiva: a percepção, memória, linguagem, raciocínio,
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Você pode construir um texto sem utilizar conceitos matemáticos?
Tente.
O baralho é
um jogo versátil que estimula a percepção, memória, raciocínio e resolução de
problemas. Jogue com seus amigos e familiares e estimule seus alunos a
fazerem o mesmo.
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criatividade, etc
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Fig 7. Os jogos
educativos são excelente forma de aprendizagem cognitiva, pois são idealizados para estimularem
diversos processos cognitivos ao mesmo
tempo em determinada faixa etária.
Pseudo-aprendizagem:
Campos (op. cit) e outros pesquisadores
consideram que na aprendizagem cognitiva o professor deve ficar atento para
que não ocorra a pseudo- aprendizagem:
a qual a memorização é o principal
processo em questão. Neste caso, não ocorre a compreensão do conteúdo e nem
as relações de causa e efeito do fenômeno estudado.
Este talvez
seja um dos problemas mais freqüentes e sérios na educação brasileira,
atualmente. A metodologia que incentiva a memorização das informações
geralmente leva a pseudo-aprendizagem, pois, com pouco tempo o aluno apaga a
informação recebida. A informação geralmente fica na memória de curto prazo,
impedindo uma aprendizagem significativa
A
aprendizagem afetiva ou Apreciativa:
O ser humano
apresenta quatro dimensões no seu desenvolvimento: biológica, cognitiva,
social e afetiva. A educação deve contemplar, além da aprendizagem cognitiva,
a aprendizagem afetiva auxiliando a formação da personalidade do aprendiz e
sua adaptação ao meio sociocultural. Viver com outras pessoas que sentem
emoções parecidas e diferentes de nós, que possuem ideias e desejos
diferentes, entre outros fatores, favorece o ajustamento das emoções,
atitudes e idéias frente ao grupo que ele
pertence.
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A memória é
um importante processo cognitivo, porém não é o mais importante. O que se faz
com uma informação retida que não se sabe como usar?
O professor
valoriza os afetos vivenciados pelos alunos à sala de aula e
na escola?
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Fig. 8 – Trabalhos em grupo na escola oportunizam as
aprendizagens afetivas e cognitivas
Os professores
devem favorecer atividades de integração grupal, seja por grupos formados
naturalmente, por escolha do professor ou ainda, por sorteio. Além de
favorecer o professor deve monitorar o trabalho atento aos conflitos e
impasses que possam surgir, orientando e sugerindo soluções específicas.
Além da
aprendizagem cognitiva necessitamos aprender os fenômenos de grupo:
liderança, cooperação, tomada de decisões, vivência do seu papel na harmonia
do grupo. O aluno aprende assim as questões interpessoais e intrapessoais.
Os momentos de
atividades em grupo podem gerar efeito ou aprendizagens positiva ou negativa.
As condições devem criar reação individual e grupal favorável. Assim, cria
uma aprendizagem positiva. Caso contrário pode criar condições que gerem
agressividade, frustração, inibição ou até mesmo aversão; que se forem em
doses suficientes e refletidas é também considerado significativo para a
reorganização pessoal e do grupo.
A aprendizagem por Automatismos:
Também uma
aprendizagem muito importante para o cotidiano. De acordo com Campos (op. cit.) este tipo de aprendizagem
propicia meios eficientes de adaptações às situações de vida, sem exigir
muito trabalho mental. Aprendizagem que possibilita economia mental. A
aprendizagem por automatismos livra a atividade cognitiva para resolução de
problemas mais complexos. Por exemplo: um escritor que digita o computador
(automatismo) pensando sobre o que escreve (cognitivo). Realizando duas
atividades ao mesmo tempo, uma cognitiva e outra automática. Não é excelente?
Como aconteceriam estas atividades são os automatismos.
Outros exemplos
de aprendizagem por automatismos: mexer uma comida e ler a receita, dar um
laço no sapato falando com outra pessoa, varrer uma casa, andar de bicicleta,
dirigir, andar, mergulhar, etc...
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Os conceitos
aprendidos fora da sala de aula têm um significado importante para levar o
aluno a uma aprendizagem significativa.
Enquanto passeamos de bicicleta podemos conversar e admirar a
paisagem.
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Fig. 9 – Aprendizagem
por automatismo – gera possibilidade de economia mental.
Campos relata que os automatismos
são padrões fixos de conduta selecionada, que nos facilitam nos procedimentos
rotineiros constantes em nossa vida pessoal, profissional, gerando economia de
tempo e esforço mental até para a memória. Imaginem se todo o dia fosse
necessário planejar atividades como escovar os dentes, horário para comer,
tomar banho, dirigir, limpar a casa, andar etc...? Seria um grande gasto de
energia mental sem necessidade.
Algumas atividades no início são cognitivas e depois são
automatizadas, como dirigir ou digitar. No início, adquirindo a habilidade
usamos os processos cognitivos e com o treinamento, automatizamos o
comportamento e passamos a economizar energia mental para ser gasta com
atividades que não dispensam os processos intelectuais.
Podemos perceber que as três aprendizagens são necessárias e
fundamentais para a adaptação ao ambiente. Você consegue imaginar sua vida sem
alguma delas? E na sala de aula, todas elas acontecem? Sim, e ao mesmo tempo.
Por este motivo a aprendizagem é o processo cognitivo mais complexo e eficiente
para nossa vida
No próximo capítulo estudaremos os jogos matemáticos e
compreenderemos a sua importância e finalidade para a Educação Matemática.
Referências:
BOCK, A.M.; FURTADO, O; TEIXEIRA, M.L – Psicologias – uma introdução
ao estudo da psicologia. Editora Sariava, São Paulo, 1999.
Cassundé Portella, M.A – Psicologia da Educação I, Licenciatura em
Matemática, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, D-EaD, 2009.
DAVIDOFF, L. – Introdução à Psicologia. Pearson – Makron Books,
2006. PISANI, E. – Psicologia Geral. Editora Vozes, Petrópolis, 1999.
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